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Funcionários dos Correios de Campos Novos aderem à greve nacional


Os funcionários dos Correios entraram em greve em todo país na segunda-feira (18). Em Campos Novos, os serviços estão paralisados parcialmente nesta terça (19), com funcionamento normal do balcão, no entanto, os serviços essenciais de entrega de correspondências pelos carteiros estão paralisados por tempo indeterminado e apenas um funcionário ficou na entrega de pacotes, o que pode demorar mais para chegar para a população. Dos cinco carteiros efetivos em Campos Novos, três aderiram à greve, um permanece na logística de encomendas e um está de férias. 

Os pedidos da categoria não envolvem discussões salariais, mas o corte de direitos trabalhistas, como vale-alimentação, adicional de risco, auxílio creche, auxílios para trabalhadores que tem filhos com deficiências, entre outros. “A empresa está descumprindo o acordo coletivo válido por dois anos, e quer cortar 70 das 79 clausulas acordadas. Não houve negociação com o sindicato, apenas a apresentação de proposta e a direção da empresa, comandada pelo Coronel Floriano Peixoto está irredutível. 

Não estamos pedindo aumento salarial, mas que não cortem nossos benefícios como auxílio creche, vale-alimentação, auxílio para pais que tem filhos especiais, adicional de risco. São conquistas de 20 anos da categoria", explicou o carteiro Leonir Almeida, carteiro da Agência de Campos Novos.

Considerado um serviço essencial, o governo federal estuda a privatização da estatal, mas há anos os Correios enfrentam sucateamento. Desde 2011 não ocorre concurso público para reposição dos quadros de pessoal.

O que a entidade Sindical

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) informou que junto aos sindicatos filiados tentam, desde o início de julho, dialogar com a direção dos Correios em torno da pauta de negociação. No entanto, além da empresa se negar a negociar, a categoria foi surpreendida desde o dia 1º de agosto com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.

Segundo a Federação, foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais e pagamento de adicional noturno e horas extras. O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC) diz que pelo menos 60% dos trabalhadores paralisaram as atividades no Estado.

O que diz os Correios

Os Correios emitiram uma nota à imprensa nesta manhã, em que diz que 83% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente e que não afeta os serviços de atendimento da estatal.

Sobre a negociação trabalhista, a direção informou: “desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia” e que a diminuição das despesas com trabalhadores, é de R$ 600 milhões anuais e que as reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam quase R$ 1 bilhão ao ano. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, diz a nota.

As informações da empresa dão conta de que “nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”. Segundo a empresa, os trabalhadores continuam tendo auxílio-creche para dependentes com até cinco anos de idade, tíquetes refeição e alimentação nos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado, inclusive aos empregados que trabalham nos sábados ou domingos; os adicionais de risco aos empregados das áreas de distribuição/coleta, tratamento e atendimento e que redirecionou empregados classificados como grupo de risco para Covid-19 para trabalho remoto, bem como aqueles que coabitam com pessoas do grupo de risco sem perda salarial.

Fonte: Folha Independente 

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