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Setembro Amarelo - mês de prevenção ao suicídio

 

Imagem: Nossa causa


Por:

 Psicóloga Liliane Neris da Silva *
CRP 12/19216  

Psicóloga Tailândia Guzzi Danielewicz *CRP 12/18110

O dia 10 de setembro é considerado o dia mundial de prevenção ao suicídio, porém, pela complexidade deste assunto, ele não deve lembrado apenas no mês de setembro. Campanhas são feitas, lugares iluminados de amarelo, laços no peito são utilizados, mas muitas vezes o sujeito que está em sofrimento de forma silenciosa e isolada acaba passando despercebido. Nesse sentido, é necessário falar sobre suicídio de modo a tirar esse assunto da invisibilidade, afinal todos podem ser divulgadores desta causa, basta difundir informações de forma organizada, profissional, sem preconceitos e sem percebê-lo como o tabu que há muitos anos esteve presente na sociedade.

A campanha ‘Setembro Amarelo’ traz elementos para que a população desenvolva a compreensão de olhar o outro com acolhimento, possibilitando identificar os diversos sinais de alerta, não somente no discurso direcionado à morte, mas nos atos cotidianos, nos fatores relacionados ao comportamento suicida e nas formas em que se manifestam, ou seja, nos atos não associados ao suicídio mas que de alguma maneira estão interligados.

  

No percurso de sua vida, o ser humano se depara com perdas que podem causar extremo sofrimento e que por vezes acabam fragmentando seu interior ou elevando a compreensão da situação, assim, promovendo acolhimento da própria dor e consequentemente da dor do outro. Por esse motivo, a temática saúde mental em sua amplitude, seja pela psicoeducação da prevenção ao sofrimento psíquico, ou até o ápice dela, o suicídio, deveria ser comum, pois, este problema pode acometer qualquer pessoa independente de sua cor, gênero, idade, classe social ou religião.

 

Além do mais, a dor emocional, por não ser visível, acaba sendo negligenciada e pela mesma razão é mal interpretada por meio de crenças e comentários errôneos, como: “está fazendo isso só para chamar atenção”, “isso é frescura”, “está fazendo drama”, “é falta do que fazer”, “ é falta de Deus”, “tem pessoas com problemas piores”, entre outros. Desse modo, é fundamental modificar esses pré-conceitos presentes na sociedade, pois isto faz com que muitas pessoas ocultem seus sentimentos, não procurem ajuda através de uma escuta qualificada e desistam de viver devido a dor psíquica que parece insuportável.

 

Em suma, a campanha “Setembro Amarelo” visa divulgar a causa, mostrar a importância do cuidado com a saúde mental, a necessidade de falar sobre o assunto (com responsabilidade), a possibilidade da transformação do sofrimento em fala e, assim, busca assegurar que tudo tem uma solução, menos a morte. Pois como cita Edwin Shneidman:

 

“O suicídio é um ato definitivo para um problema temporário”.




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