O presidente da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), o deputado Julio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal durante a segunda fase da Operação Alcatraz. A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu.
Segundo o advogado, Julio Garcia está na sede da Polícia
Federal, em Florianópolis, para prestar esclarecimentos, e o mandado prevê
prisão domiciliar. Ele também disse que a defesa ainda não se manifestará sobre
a prisão porque não teve acesso aos detalhes da decisão que embasaram o pedido.
De acordo com a PF, a segunda fase da operação, chamada de
"Hemorragia", tem como alvo
suposta organização criminosa suspeita de corrupção, fraude em procedimentos
licitatórios e lavagem de dinheiro em Santa Catarina.
O foco desta fase envolve contratos firmados pelas
secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos.
Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de
preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que
possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.
Foram expedidos 20 mandados de prisão - 11 mandados de prisão preventiva e outros 9 de prisão temporária, em Florianópolis, Joinville e Xanxerê. Houve ainda 34 mandados de busca e apreensão.
Além do deputado Júlio Garcia, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti, foi preso preventivamente. A prisão preventiva do empresário foi confirmada pelo advogado dele, Francisco Ferreira. Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Jefferson Colombo foi apontado como operador financeiro do deputado estadual Julio Garcia no suposto esquema investigado.
A segunda fase da Operação Alcatraz também cumpriu medidas
cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros
investigados e de se ausentar do país, além do bloqueio de patrimônio dos
investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões.
NSC TOTAL
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